Cárceres













Rasgam cinzas os insanos perdidos nas ruas
Queimam pétalas nos olhos dos faunos

Vieram pelas moedas de ouro
Trouxeram lagos de areia como dádivas para o mal


Tergiversam os pobres nos murais e porões
Sombras dos muros apodrecem em nome das leis

As lanças apontadas para a vida dos incautos
Os cães sem nome bebendo a água com sal e vísceras

Os círios transformam escadas de ferro em prata

Impérios sob os canais de sangue inventam naus aladas
                                                Pedras entalhadas no céu
Valas e calhas desfiguram a carne dos culpados sem rito

Nobres e falsos celestiais nas marquises dos templos

Cárceres úmidos desaparecendo na poeira dos corpos desnudados
As formas justas das injustas formas das imagens dos vidros encarnados


Edemir Fernandes Bagon





Comentários

Postagens mais visitadas